
Isso aconteceu há mais ou menos 10 anos e nem eu e nem minha família pudemos esquecer a genialidade da expressão irônico-sarcástica da menina, pormenorizadamente a nós relatada pelo meu irmão. Rio muito disso até hoje, e revivo sua frase pelo menos umas três vezes por semana...
Assim como ela, eu também não mereço a arte. Não “alcanço” 99% das obras com as quais tenho contato, não importa de qual seguimento artístico seja, se teatro, pintura, escultura, música, dança, whatever. Por muito tempo me questionei se eu era mesmo algum tipo de inculta incorrigível e me autoflagelei diversas vezes por apreciar mais boy bands do que música clássica e gostar mais de quadros simplesmente porque eles me agradam por serem bonitos e estar c... e andando para o que o artista queria expressar com aquilo. Não gosto de cinema francês e nem iraniano; gosto mesmo daqueles filmes que eu já sei o final, obviamente feliz, de preferência com gente bonita e trilha sonora bem comercial. Amo seriados, praticamente todos.
Quando alguém me pergunta do que eu gosto, digo sem receios agora que sou consumidora contumaz de todo lixo que os EUA produz, não apenas artístico. Bebo com gosto a “água suja do Capitalismo” (vulgo Coca-Cola), amo muito tudo isso com refri e batatinha! Enfim, sou uma vítima do imperialismo. Mas sou bem resolvida, isso não me incomoda mais.
Na realidade, mais do que uma questão de cultura e educação (afinal, modéstia à parte, não sou nenhuma alienada ignorante), apreciar a “arte” é uma questão sim de gosto pessoal. Quem quiser discordar, respeito. Mantenho essa visão um tanto quanto utilitarista. Para mim de nada adiantaria ter em minha sala um quadro de milhões de dólares se ele fosse, simplesmente, horroroso. As fotos do meu casamento, sim, não tem preço!
P.S. - a genial imagem acima foi copiada do site http://www.cartapotiguar.com.br/?p=6913, onde foi utilizada em um artigo muito interessante de Daniel Menezes. Vale a pena conferir e refletir!